Para aprovação nos certames não há fórmula exata ou método cem por cento eficaz para todos os candidatos. Mas há algumas estratégias que podem ser adotadas como facilitadoras nessa jornada. O que é consenso é que a tão almejada aprovação é resultado do somatório de planejamento e persistência.
Pensando em lhe auxiliar no seu processo de planejamento, preparamos algumas dicas sobre a montagem do cronograma de estudos, ferramenta importantíssima e de grande valia para sua aprovação. Confira!
O cronograma de estudos nada mais é do que um norte, um guia de orientação para auxiliar o candidato em seu dia-a-dia. Na correria cotidiana, pode ser difícil identificar sabiamente quais matérias devem ser contempladas em cada etapa de sua preparação.
Por isso, realizar um levantamento e organização prévios contribui sobremaneira no ganho de tempo útil. Com estas dicas, estamos certos que você conseguirá montar seu próprio cronograma, cem por cento condizente com sua realidade.
– Você sabe como gasta suas horas no dia ou tem a sensação que não tem tempo para nada? Para começar, você deve colocar no papel todas as suas atividades, o horário e quanto tempo leva em cada uma delas.
– Inclua o tempo de deslocamento, refeições e outras obrigações. Este também é o momento de avaliar quais atividades merecem ter maior ou menor frequência para conquistar a aprovação.
– Agora, faça uma planilha no caderno ou no computador. Divida em dias da semana e horários e preencha com as suas atividades. Você também encontra modelos na internet.
– Com a planilha preenchida, identifique e calcule os horários livres em que você pode estudar por dia. Por exemplo, 1h antes de ir para o trabalho ou alguns minutos no horário de almoço.
– Não se preocupe agora como vai estudar apenas nesses 10 minutos vagos, existem técnicas para isso.
– Esticar o estudo à noite pode garantir algumas horas a mais, mas se você sentir que pode prejudicar seu sono ou que não consegue render nesse horário, mude sua estratégia.
– Inicialmente, o candidato deve realizar levantamento de quais disciplinas e conteúdos devem constar obrigatoriamente em seu cronograma. Para tanto, deve-se ter em mente qual o certame almejado e quais suas exigências.
– Ciente disso, deve-se identificar, de forma inteligente e direcionada, quais disciplinas merecem maior destaque e, portanto, demandarão mais tempo de estudos. Essa informação pode ser obtida através da análise dos últimos certames organizados pela mesma banca, para o mesmo cargo.
– Identificadas as últimas provas, é possível apreender o peso das disciplinas (constante nos editais), o grau de dificuldade para cada candidato e a recorrência de determinados temas. Já afirmamos, em outras oportunidades, que as bancas são mais afetas a cobrar certos conteúdos em suas provas.
– Desse apanhado geral de disciplinas e conteúdos pode-se extrair uma estimativa de tempo que será necessário para assimilar cada um. Superada essa fase, pode-se iniciar a montagem do cronograma.
A maioria dos concurseiros também é amante dos itens de papelaria e, em vista disso, está plenamente ciente da infinidade de planners e afins que estão disponíveis no mercado.
Mas, o que deve ficar claro, é que o candidato não está condicionado a essas ferramentas, pois o instrumento mais adequado é o que melhor se adequa a cada indivíduo. É necessário, apenas, um meio para materializar o planejamento.
– Para a montagem do cronograma, inicialmente, identifique qual o tempo disponível até o certame que se pretende prestar. Para os candidatos mais atarefados, talvez um planejamento mais específico, diário, se demonstre mais adequado. Mas, como dito linhas acima, não há fórmula exata aqui. O importante é saber, da forma mais precisa possível, quanto tempo cada disciplina exige.
– A partir da triagem dos conteúdos, divida-os de acordo com o planejamento selecionado. Por exemplo, se você optou pelo planejamento semanal, o qual, muitas vezes, se materializa através do ciclo de estudos (falaremos dele mais adiante, não se preocupe!), tenha em mente quantas horas naquela semana devem ser dedicadas a cada disciplina e conteúdo, mais especificamente.
– Sabe-se, por exemplo, que a disciplina de Direito Administrativo é figura tarimbada na grande maioria dos certames públicos, independente da área pretendida. Sabe-se, também, que o conteúdo referente aos atos administrativos tem grande recorrência nas provas. Pois bem, ciente disso, insira esse conteúdo em seu planejamento reservando-lhe mais tempo.
– Replique este raciocínio para as demais disciplinas e, aos poucos, seu cronograma irá se materializar.
– Há alguns itens que não podem ser alijados de seu cronograma. O candidato deve estar cem por cento ciente de que uma preparação consistente envolve não somente a leitura de doutrinas, por exemplo, mas deve ser uma associação harmônica dessa com leitura da lei seca, resolução de questões e revisões.
Não menospreze o valor das revisões, não as considere perda de tempo ou retrocesso em seu processo de preparação. Elas são importantíssimas na fixação dos conteúdos e merecem dedicação especial. Inclusive, é válido salientar que é aconselhável que as revisões sejam realizadas nos períodos de 24 horas, 7 dias, 15 dias e 30 dias da compreensão do conteúdo.
De todo o exposto, depreende-se que deve ficar expresso em seu cronograma o tempo que deve ser reservado ao conhecimento das matérias, seja por intermédio de doutrinas ou videoaulas, à leitura da lei seca, à resolução das questões e às revisões.
– Estar em contato constante com as matérias é importante para um aprendizado eficaz. Se você incluir muitas disciplinas e passar muito tempo sem estudar alguma delas, revise seu planejamento.
– O lazer e descanso são essenciais para o aprendizado. Programe pausas entre os períodos de estudos. Por mais que você consiga estudar três horas seguidas, o corpo e a mente precisam de descanso para continuar aprendendo e consolidando as informações. Caso contrário, você poderá ter estafa e acabar procrastinando suas atividades.
– Lembre-se de ajustar os horários de cada matéria de acordo com o seu desempenho. Se tem mais dificuldade em determinada disciplina, acrescente mais tempo para ela.
O método do Ciclo de Estudos é salutar, pois trabalha com a possibilidade de imprevistos interferirem negativamente em sua rotina de estudos. Como funciona o ciclo?
Se foram reservadas duas horas de estudo para a disciplina de Direito Constitucional, mas algum compromisso lhe impedir de cumprir o planejado. No dia seguinte, continua-se estudando a disciplina até completar o horário pré-definido para ela.
Se está começando, selecione cinco disciplinas básicas, comuns nos certames que se pretende prestar, e defina ciclos de dez ou vinte horas semanais de estudos. Agora, distribua o tempo livre de acordo com o peso de cada disciplina.
Se o tempo disponível for de oito horas por dia, por exemplo, o ciclo deve se repetir, em média, a cada três dias. Mas se houver apenas quatro horas disponíveis, o ciclo vai se estender por toda a semana.
A medida que o candidato vai ganhando confiança nas matérias básicas, pode ir incluindo as disciplinas complementares no ciclo. Assim, revisa-se e mantém-se os estudos das matérias do ciclo anterior, agora com um intervalo maior devido as novas disciplinas.
Bom, fornecidas tais informações, já é perfeitamente possível montar seu próprio cronograma de estudos. Esteja certo que, a cada checklist em seu cronograma, um sentimento de satisfação pessoal lhe inundará e lhe tornará cada vez mais forte. A jornada é árdua, mas seja resiliente e persista até o êxito.
Vamos firmes!